27.9.04
"Poesia" sentida
Quando todas as luzes se apagam e o silêncio teima em se instalar, é que percebo finalmente a tua ausência. Não sinto o desespero comum dos que ficam, mas somente a saudade terna e dolorida. Entre nós não ficaram lacunas.Todas as palavras foram ditas, todos os abraços foram dados. Mesmo os papéis que se inverteram uma vez por outra, eu sabia-te do meu lado, se acaso precisasse. Hoje, não estás aqui fisicamente, mas essa força que brota em mim pertence-te, posso sentir. Pode ser que o tempo diminua esta dor, e que somente reste a saudade e a lembrança do que vivemos nesta vida. Com um beijo ao vento, deixo-te livre para partir. Encontraremos-nos por aí...