Existem coisas que eu entendo e outras que eu nunca vou entender . Todos os dias recebo textos por e-mail. Alguns que não passam de um monte de asneiras em tom de doutrinação barata e chata, muito chata mesmo. Porém outros realmente têm algo a dizer, e dizem. E estes, não fossem 99% das vezes a maldita frase no final: "para provar que tu és fixe envia aos teus amigos", eu juro que envio.
Sim, o texto pode ser uma obra prima de conceitos e erudição, mas basta vir acompanhado daquelas frases que têm esse sentido e eu apago logo sem dó nem piedade. Não gosto de reencaminhar textos cujo autor desconheço. O roubo intelectual é um nojo!
É um nojo porque as pessoas acham que produzir um texto, um poema, uma crónica, um livro, um post, ou um bilhete que seja, é algo feito num momento de inspiração, dom e não fruto de trabalho, empenho e conhecimento. E se é algo que "copias dos céus", que importância têm que o teu nome conste ou não no final do mesmo, não é? Afinal, inspirações divinas surgiram para serem compartilhadas. Egoísta aquele que quer ter propriedade sobre as palavras, sobre o conhecimento que produz. A meu ver: infeliz aquele que faz boa figura com o que é dos outros, isso sim. Existe o dom e a inspiração? Realmente existe, e nenhuma obra prima se produz sem elas, mas estes não são nada se a pessoa não estiver instrumentalizada de forma a poder transformá-los em algo palpável. Não basta ter a ideia, temos que saber trabalhá-la.
Ou seja: Faz-se luz, nasce a ideia, e imaginemos que seja um texto , trabalha-se o mesmo, às vezes escreve-se e reescreve-se diversas vezes na totalidade ou em partes; , aplica-se no texto anos a estudar, no mínimo, a língua pátria, fora aqueles dedicados à leitura, à pesquisa, quiçá a uma formação universitária, além de, inclusive, a própria experiência de vida, e para quê?
Para vir um Zé Manél qualquer, roubar o fruto do empenho alheio e publica no próprio blog, ou o envia por e-mail para os outros como se fosse seu.
A Blogoesfera está minada de "Cópias dos céus".